22 DE MARÇO DIA MUNDIAL DA ÁGUA COM CAMINHADA EM GUAJARÁ MIRIM
Dando continuidade a execução do
projeto ‘‘Pela Vida, Caminhamos Juntos na Bacia do Rio Madeira’’ o COMVIDA-
Comitê de Defesa da Vida Amazônica na Bacia do Rio Madeira, realizou no último
dia 22 de março de 2023 um ato socioambiental, cultural e espiritual
comemorando o Dia Mundial da Água, realizado pelos indígenas do tronco Oro Wari
e Mura. Na oportunidade centenas de pessoas vindas das aldeias indígenas, reservas
extrativistas, pescadores, agricultores familiares, moradores urbanos,
pescadores, militantes sociais, se reuniram na beira do rio Mamoré, próximo à Colônia
de Pescadores, para celebrarem e se manifestarem em defesa dos rios e da água.
Este ato consolidou a proposta de
2022 como o Dia Internacional de Defesa
da Vida na bacia do Rio Madeira - “Rios Vivos e Livres para o Bem da Casa
Comum”. Celebramos a aprovação do projeto de Lei que institui a Semana da
Água no município de Guajará Mirim, dialogada no COMVIDA e apresentada pelo
Vereador Elias Crispim, que se soma ao Projeto de Lei de Proteção do Rio Lajes
apresentada pelo Vereador indígena Francisco Oro Waram, que caminha para abrir
um diálogo mais amplo com a sociedade regional da necessidade de proteção dos
rios frente às graves ameaças com avanço do desmatamento e do modelo baseado no
‘‘agronegotóxico’’, comprometendo a vida plena nesta região de muitos rios e da
água sadia para a cidade de Guajará Mirim.
Mesmo sob uma chuva intensa a
ação continuou com uma grande carreata (carros, ônibus, motos, bicicletas,
animados por um sistema de som), pelas ruas da cidade de Guajará Mirim até a
única fonte de água do Bairro Jardim
das Esmeraldas, onde o ato se encerrou com diversas manifestações e num grande
abraço simbólico a esta fonte de água, agradecendo ao senhor Monteiro que
protege esta nascente e a coloca à disposição, de forma gratuita, água potável
para a população de Guajará Mirim, cujo lençol freático está com mais de 90% já
contaminado.
Na mística do abraço ao redor da fonte, foi lido o Manifesto em Defesa das Águas Vivas e Livres, encerrando com canções pelas jovens do Povo Oro Wari, que tem em sua essência, “as águas dos rios como a casa dos espíritos” e por isso devemos proteger nossos rios, nossas águas, afirmou o Cacique Valdito Oro Eo, da aldeia Laje Velho, agradecendo o empenho de todes que participaram e que assumem essa causa em favor da Vida, não só dos indígenas, mas de todos que dependem das águas para viver.
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