COMVIDA/Brasil-Bolívia Participa de Intercambio Agroecológico na Cidade de Jaru - Rondônia

                                 

 

Entre os dias 13 a 16 de julho de 2023 membros do COMVIDA, Comitê de Defesa da vida Amazônica na Bacia do Rio Madeira/Brasil e Bolívia, representados por Campesinos de Cachuela Esperanza, membros da OCMA, somados aos indígenas Waraona, extrativistas da RESEX Rio Ouro Preto, pescadores da Colônia de Guajará Mirim, entre outros membros, estiveram somando na Feira de Troca de Sementes e Festa Camponesa, momento rico de intercâmbio, vivencias e de solidariedade, para mostrar para a cidade que só a produção agroecológica pode produzir vidas e vidas em abundância.


A Festa Camponesa que teve seu inicio com uma mística em que os povos do campo, da floresta, das cidades e das águas, trouxeram seus gritos, seus clamores, seus desafios, mas também trouxeram a esperança, a alegria o canto a dança e acima de tudo as crianças, como expressão de um futuro sadio a partir da agroecologia, a partir da ‘‘águaecologia’’, a partir da vida integral.

         


E foi embalado por esta mística que a primeira mesa fez uma analise de conjuntura destacando desafios vivenciados por todos aqueles e aquelas que estão nas florestas, nas águas, no campo e nas cidades procurando garantir qualidade de vida para todos sem distinção.

Nessa analise de conjuntura foi possível compreender que o agronegócio avança jogando veneno em tudo, até nas florestas, nos rios, no alimento que chega aos supermercados, levando doenças, levando pobreza para a vida e para a mesa de muita gente.

Foi embalado por esse processo que aconteceram os seminários temáticos de reflexão em torno dos temas: Conflitos no Campo em Rondônia, Religiosidade e Espiritualidade Camponesa, Agroecologia Camponesa e Sementes Crioulas, Os Povos Tradicionais e Indígenas em Rondônia, Gênero e Diversidade LGBTQIA+ e Saúde Integrativa Popular Comunitária. Aconteceram também oficinas práticas de: Recuperação de Nascentes e Plantio de Árvores, Peletização de Sementes e Água de Vidro, Comunicação Popular e Mídias Sociais, Produção de Açúcar e Melado de Cana e Capoeira.



Um debate rico com oficinas práticas em que os participantes puderam ‘‘experiênciar’’ algumas atividades: energias renováveis o biodigestor, produção de alimentos sadios, assim como também na dança, na capoeira como resistência física e cultural.

Dessa maneira a vivência cultural mediou cada um desses momentos, a música, a poesia, o teatro, o ritual indígena Wari e Mura, o show de viola, o espaço cultural de expressões, o hip hop. Várias tendências ajudaram a fazer as conexões dessas resistências a partir das varias linguagens.

A sétima Festa Camponesa, com a troca de sementes realizada ainda no dia 15 impulsionou a todos e todas na partilha de sementes. Levar sementes para plantar e devolver sementes na próxima festa. Compromisso assumido entre todos os participantes.


E assim se encerrou no dia 16 com o momento mais esperado, intermediado pela feira levando produtos sem veneno para os interessados em adquirir produtos alimentícios, assim como também culturais chamados de artesanato, além de possibilitar, de socializar, de partilhar o café camponês a partir da mística da resistência, a partir da solidariedade.

Nós do COMVIDA nos sentimos convidados a estar presentes e a voltar e a dar seguimento e realizar essa festa também entre nossas comunidades na bacia do rio Madeira. E que assim seja.


Apoio:

                                                     








Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pronunciamiento: Acefalía de la OTCA y falta de acciones agravan crisis de la Amazonía

PROTOCOLADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA LEI SOBRE OS DIREITOS DO RIO LAJE

Criado o Comitê Guardião - Olhos e Ouvidos do Rio Laje - Komi Memen - Suco de Frutas